Roma, a capital italiana, foi durante séculos o centro político e religioso da civilização ocidental como capital do Império Romano e como sede da Santa Sé. Após o declínio dos romanos, a Itália sofreu inúmeras invasões de povos estrangeiros, desde tribos germânicas, como os lombardos e ostrogodos, aos bizantinos e, mais tarde, os normandos, entre outros. Séculos mais tarde, Itália tornou-se o berço das repúblicas marítimas e do Renascimento, um movimento intelectual extremamente frutífero que seria fundamental na formação subsequente do pensamento europeu.
Durante grande parte de sua história pós-romana, a Itália foi fragmentada em vários reinos (tais como o Reino da Sardenha; o Reino das Duas Sicílias e o Ducado de Milão, etc.) e cidades-Estado, mas foi unificada em 1861, após um período tumultuado da história conhecido como "Il Risorgimento" ("O Ressurgimento"). Entre o final do século XIX e o fim da Segunda Guerra Mundial, a Itália possuiu um império colonial que estendia seu domínio até à Líbia, Eritreia, Somália, Etiópia, Albânia, Dodecaneso e uma concessão em Tianjin, na China.
A Itália moderna é uma república democrática, classificada como o 24.º país mais desenvolvido do mundo e com índice de qualidade de vida entre os dez primeiros do planeta. O país goza de um alto padrão de vida e tem um elevado PIB nominal per capita. É um membro fundador da União Europeia e parte da zona euro, além de ser membro do G8, G20, OTAN, OCDE, Organização Mundial do Comércio (OMC), Conselho da Europa, União da Europa Ocidental e das Nações Unidas. A Itália tem a quarta maior reserva de ouro, o oitavo maior PIB nominal, o décimo maior PIB (PPC) e o sexto maior orçamento público do mundo. A República Italiana tem o nono maior orçamento de defesa do mundo, acesso às armas nucleares da OTAN e um papel proeminente nos assuntos militares, culturais e diplomáticos europeus e mundiais, o que a torna uma das principais Potências Médias do mundo e uma Potência Regional de destaque na Europa.O país tem um elevado nível de escolaridade pública e é uma nação altamente globalizada.
Culinária
Pratos italianos: pizza (margherita); pasta (carbonara); espresso e gelato
A culinária italiana se desenvolveu através de séculos de mudanças sociais e políticas, com raízes desde o século IV a.C. A cozinha local, por si só, sofre influências diversas, incluindo de etruscos, gregos antigos, romanos antigos, bizantinos e judeus. Mudanças significativas ocorreram com a descoberta do Novo Mundo com a introdução de itens como batatas, tomates, pimentões e milho, agora centrais para a culinária italiana, mas não introduzidos em quantidade significativa até o século XVIII. A comida do país é conhecida por sua diversidade regional, abundância de gostos, além de ser conhecida por ser uma das mais populares do mundo, exercendo forte influência no exterior.
A dieta mediterrânica constitui a base da cozinha italiana, rica em massas, peixe, frutas e vegetais e caracterizada pela sua extrema simplicidade e variedade, com muitos pratos com apenas quatro a oito ingredientes. Os cozinheiros italianos confiam principalmente na qualidade dos ingredientes e não na preparação elaborada. Pratos e receitas são muitas vezes derivados da tradição local e familiar, em vez de criados por chefs. Muitas receitas são ideais para cozinhar em casa, sendo esta uma das principais razões por trás da crescente popularidade mundial da culinária italiana, da América à Ásia.
Um fator chave no sucesso da culinária italiana é sua forte dependência de produtos tradicionais; o país possui as especialidades mais tradicionais protegidas pela legislação da UE. Queijos, frios e vinho (que são uma parte importante da culinária italiana, com muitas declinações regionais e rótulos de denominação de origem protegida ou indicação geográfica protegida) e junto com o café (especialmente café expresso) compõem uma parte muito importante da cultura gastronômica italiana. Sobremesas têm uma longa tradição de fusão de sabores locais, como frutas cítricas, pistache e amêndoas ,com queijos doces como mascarpone e ricota ou sabores exóticos como cacau, baunilha e canela. Gelato, tiramisù e cassata estão entre os exemplos mais famosos de sobremesas, bolos e confeitaria italianas.
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