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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

A culinária sul-africana por regiões

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A cultura da África do Sul recebeu influências dos colonizadores, pois fazia parte da rota marítima que ligava o oriente e o ocidente. Além dessas, as tribos indígenas africanas também deixaram sua participação, principalmente, na comida da região.
Os pratos da culinária sul-africana são exóticos, comem-se grilos fritos, por exemplo.
Muito presentes, as carnes vermelhas são utilizadas, pois os pratos apresentam fortes sabores.
O prato preferido do ex-presidente Nelson Mandela é o bobotie, um cozido de carne moída, pão, leite, cebola, castanhas, passas, damascos, curry, etc.
Existem algumas curiosidades no preparo dos alimentos, normalmente as mulheres ficam por conta do preparo de doces, as carnes são exclusivamente preparadas pelos homens. Alguns eventos comprovam que essas práticas são bem determinadas, como o acontecimento social de nome Braai, onde são feitas carnes grelhadas.
A variedade dos alimentos é muito grande, arroz colorido, espetos, linguiças de fazendas, carnes exóticas e de cortes especiais, além das quitandas, como tortas, pães, doces, etc.

É resultado da influência de diversas culturas, já que a região fica no meio do caminho entre oriente e ocidente e por isso é centro de encontro de povos diferentes, como os ingleses, holandeses, asiáticos etc. A influência asiática é marcada pelo frequente uso do curry, tempero da culinária indiana. As carnes são muito apreciadas na região, principalmente as de caça. Também é bastante reconhecida por sua produção de vinhos. As vinícolas locais têm se aprimorado cada vez mais e colocado vinhos de grande expressão no mercado, com estilo próprio e capazes de concorrer com sucesso com exemplares de países já tradicionais nesse tipo de produção.

Western Cape, o cabo ocidental
A província mais importante na produção de vinhos tem o litoral rico em peixes e frutos do mar. A capital é a Cidade do Cabo. No extremo sul do continente africano, a província de Western Cape tem como capital legislativa a Cidade do Cabo. É uma das mais turísticas do país. Sua beleza natural é formada pela cadeia Table Mountain, com fauna e flora riquíssimas, e um privilegiado litoral, repleto de peixes e frutos do mar. Está cheio de lagostas, por exemplo. Nas fazendas ao redor de Oudtshoorn, é famosa a criação de avestruz, cuja carne consta na maior parte dos cardápios. Em Knysna, o destaque são as ostras. Western Cape é a província mais importante na produção de vinhos, cuja qualidade é comprovada no mundo. Foram sobretudo os colonizadores franceses que levaram para lá as mudas de uvas vitiviníferas. O distrito de Franschhoek, aliás, é um cantinho da França na África do Sul – não só por causa de sua arquitetura, mas também pela culinária. Há charmosos restaurantes que oferecem comida francesa e escargots africanos. A Cidade do Cabo fica em uma península. No passado, esse lugar era chamado de Cabo das Tormentas – foi assim batizado pelo navegador português Bartolomeu Dias, em 1498. Mudou de nome outra vez mais adiante, quando virou o Cabo da Boa Esperança. Tratava-se de uma rota de passagem no caminho para as Índias. Por essa razão, este entreposto comercial estratégico foi muito cobiçado por holandeses, britânicos, franceses e alemães, que se fixaram por ali e tiveram grande influência na gastronomia local. Na região viviam vários povos nativos que deixaram sua contribuição para a cozinha tradicional, como os xhlosa, os khoinas e os ndebeles, cujas mulheres têm por hábito usar argolas no pescoço e nas pernas. Os pratos típicos da culinária africana podem ser provados nos chamados shebeen, como são chamados os bares de bairro. A culinária do Cabo recebeu também contribuições dos povos que vieram da Malásia, cuja comunidade se encontra no bairro de Bo-kaap, em que podem ser apreciados pratos com temperos asiáticos picantes. Há mais de trezentos anos os primeiros colonizadores holandeses já faziam vinho na África do Sul. Mas a produção só começaria a ganhar músculos com a chegada dos franceses huguenotes, que fugiam de perseguições religiosas em seu país por volta do século XVII. As bebidas produzidas em território sul-africano se assemelham mais ao estilo europeu. Tecnicamente, porém, a África do Sul situa-se no chamado Novo Mundo do vinho. Seus produtos são muito prestigiados, principalmente os feitos da uva tinta pinotage, uma variedade africana originária do cruzamento das uvas francesas pinot noir e cinsault (ou cinsaut), conhecida no país como hermitage. Seu caráter é aromático, frutado. É tão emblemática que a associação de produtores de vinho do país realiza competições anuais para julgar os melhores rótulos das safras. Além da pinotage, as tintas cabernet sauvignon, merlot e shiraz dividem espaço com as brancas chardonnay, chenin blanc, sauvignon blanc, riesling renana e sémillon nos mais de 100 000 hectares de vinhas, cerca de 4 000 produtores e uma produção de 800 milhões de litros.

Principais regiões vinícolas
Constantia: faz parte da região o histórico Vale de Constantia e a fazenda de Simon van der Stel, onde nasceu o famoso vinho doce de Constance (ou Constantia), feito de uva muscat. Foi o primeiro vinho do continente africano, produzido desde 1659.
Durbanville: muito conhecida pela grande produção de variedades de tintos nobres, com cabernet sauvignon e merlot.
Paarl: são do Paarl os melhores vinhos produzidos a partir das uvas tintas cabernet sauvignon e pinotage; e das brancas chardonnay, sauvignon blanc e chenin blanc.
Robertson: a região destaca-se na elaboração de vinhos das uvas chardonnay (branca) e shiraz (tinta) e também de fortificados, isto é, vinhos licorosos, tintos ou brancos, com graduação alcoólica mais elevada.
Stellenbosch: é considerada a região vinícola mais importante do país. Possui grande diversidade de uvas finas. Um dos mais conhecidos vinhos da região é o de corte bordalês feito da assemblage (mistura) das uvas cabernet sauvignon, merlot e cabernet franc.
Swartland: berço de vinhos encorpados, de alta qualidade e também de grandes vinhos fortificados. Elabora também vinhos leves para o mercado interno.
Worcester: conhecido pela produção de vinhos das uvas brancas chenin blanc e chardonnay. O distrito é um dos maiores produtores do país. Faz também ótimos destilados de uva.

Ingredientes e produtos
Atchar: conserva picante feita de frutas como manga, limão e damasco, usada em pratos de carne como a avestruz.
Avestruz: sua carne, que lembra o filé mignon, é fonte de proteína e usada na preparação de receitas. O sabor lembra o do filé mignon bovino. Tem baixo colesterol e é usada para ensopados ou para fazer filés grelhados.
Chutney: conserva condimentada de origem asiática feita com frutas ou legumes, vinagre, açúcar e especiarias que são cozidos levemente até tomar o ponto de geléia mole.
Malva: planta comestível, que possui uma flor roxa, encontrada na África e nos países tropicais. Serve como verdura na confecção de pratos.
Ostras: muito cobiçadas são as ostras frescas da Cia. Das Ostras, centro especializado no cultivo dessa iguaria, que fica na cidade litorânea de Knysna. O local fornece ainda mais de 200 espécies de peixes.
Rooibos tea: chá popular feito com a folha e o caule do arbusto silvestre rooibos. De cor vermelha, não tem cafeína. Possui qualidades medicinais no tratamento de insônia, hipertensão e dores de cabeça.
Umqombothi: cerveja da cultura Xhosa, caseira, feita a partir de milho e sorgo fermentados. É mais consumida como alimento e menos como bebida.
Waterblommetjies: uma pequena flor branca, espécie de lírio aquático, encontrada em rios da região do Cabo e usada em cozidos (veja no fim desta página).
Wiblits: brandy (destilado) de pêssego
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Pratos típicos
Amanqina: cozido feito com pé de porco ou de ovelha, feijão e cebola.
Biltong: é uma espécie de carne curtida, seca e salgada. Pode ser de vaca, de avestruz ou de antílope. Para prepará-la, a carne crua é cortada em tiras bem fininhas, seguindo o sentido do músculo. Costuma ser temperada com vinagre, sal, semente de coentro, pimenta preta e açúcar mascavo. É prato típico das províncias do Cabo.
Bobotie: prato de origem malaia, espécie de bolo de carne, feito com uva passa e ovo, servido com arroz amarelo, molho a base de pimenta, coco, bananas fatiadas e chutney. Comum em todas as províncias do Cabo.
Breyani: arroz misturado com lentilhas, feito com carneiro ou frango, temperado com coentro.
Chilli bites: bolinho salgado e frito, temperado com pimenta, parte da cozinha da Malásia.
Koeksusters: espécie de rosquinha frita, torcida, coberta com xarope. As feitas na Cidade do Cabo são doces e apimentadas.
Malva Pudding: pudim de damasco, servido quente com sorvete. De origem holandesa, leva entre seus ingredientes geléia de damasco e flor de malva.
Melktert: sobremesa feita à base de leite, com massa crocante, recheada com creme de leite, farinha, açúcar e ovos, polvilhada com canela.
Potbrood (pot bread): pão salgado, que tradicionalmente é assado sobre carvão em panelas de ferro.
Potjiekos: ensopado tradicional da cultura nativa, feito em caldeirão de ferro (o potjie) sobre carvão. É preparado com carnes e vegetais.
Sosaties (espetinhos): tradicionais espetinhos, consumidos como entrada, preparados geralmente com pedaços de carne de boi ou de carneiro, que ficam marinando em cebola frita, pimenta, alho, curry e suco de tamarindo. Logo após, são colocados em espeto e grelhados na churrasqueira típica sul-africana, o braai. Costuma-se comer também espetinhos de antílopes diferentes (impala, órix, gnu e cudu).
Torta de avestruz: massa recheada de avestruz, cogumelos e cebolas. Também se come muito bife de avestruz.
Umleqwa: assado feito com frango free-range, ou seja, um franco caipira, criado livremente.
Umphokoqo: receita típica do povo nativo Xhosa, trata-se de um mingau feito com milho, acompanhado de uma espécie de coalhada.
Vetkoek (fat cake): pão redondo, recheado de picadinho de carne, regado com xarope e mel. É frito.
Waterblommetjie bredie: bredie significa “cozido” de carne e legumes, que, neste caso, se combina ao waterblommetjie, o broto da planta aquática (espécie de lírio).
Free State, Estado Livre
A cozinha boereko é composta de salsichas picantes, carne de boi e de cordeiro grelhadas, batatas fritas e saladas. A província de Free State fica no interior, entre os rios Vaal e Orange. É conhecida como o “celeiro da África do Sul” e congrega mais de 30 000 fazendas, que produzem boa parte dos grãos do país. É uma região famosa pela sua hospitalidade. O povo gosta de receber os visitantes com a boereko, tradicional cozinha de estilo rural dos africânderes (descendentes de holandeses).
Os produtos das fazendas de Free State
A paisagem de Free-State é cercada de dourados campos de trigo, milho e girassol. Há também plantações de soja, sorgo, batata, aspargos (verdes e brancos) e de morogo, um vegetal selvagem, tipo de espinafre da montanha Maluti. No setor das frutas, há pomares de cereja, marmelo, romã e maçã. Na região de Jacobsdal, é possível visitar as adegas de vinho de Landzicht e de Wilreza, que produz bebidas frutadas.
Pratos típicos de Free State
Boereko: é um termo africano usado para descrever o estilo de comida dos africânderes, os descendentes de holandeses, conhecidos também como boers. Estes, em 1835, em conflito com os britânicos, se mudaram do Cabo para a região de Free State e instalaram fazendas. A cozinha boereko é composta de boerewors (salsichas picantes), carne de boi e de cordeiro grelhadas no braai (típico churrasco sul-africano), batatas fritas e saladas.
Morogo: comida substanciosa, de origem nativa, feita à base da folha de morogo (um vegetal selvagem), batatas, arroz e bastante pimenta.
 
Entre os rios Vaal e Orange, Free State é o celeiro da África do Sul
Gauteng
Na “morada dos deuses”, fica a mais importante metrópole da África do Sul, Joanesburgo, onde se come muita lingüiça apimentada. Gauteng é uma palavra do dialeto Sotho. Significa “morada dos deuses”. É a menor das nove províncias da África do Sul, mas é o maior centro comercial e industrial do país e o mais cosmopolita. A capital administrativa, Pretória, fica em Gauteng.
É enorme a riqueza cultural, com museus e galerias de arte. É também um complexo de lazer e comida, com inúmeros restaurantes em várias categorias. Em Sterkfontein, as cavernas de World Heritage são Patrimônio Cultural Mundial. O local é considerado Berço da Humanidade, pois lá se encontram fósseis dos hominídeos mais antigos.

A gastronomia em Joanesbugo
Joanesburgo é a maior e mais importante metrópole do país, cheia de edifícios, museus, cozinhas de várias especialidades. Apelidada de Jo’burg, a cidade oferece ao visitante as mais diversas opções de culinária internacional. Como ocorre com quase todas as grandes capitais do mundo, há restaurantes de cozinha italiana, chinesa, japonesa, marroquina, francesa, coreana, indiana, vietnamita, grega e até brasileira. Para os que querem conhecer a cozinha autêntica sul-africana – à base de carne de caça, raízes, vegetais e verduras verdes selvagens, sementes, painço, sorgo, milho e insetos ricos em proteína como gafanhotos – existem alguns estabelecimentos especializados. Um deles é o famoso Gramadoelas. A cidade é cheia de lojas especializadas em ervas frescas e secas. É que um hábito antigo ainda persiste na África do Sul: o uso das ervas medicinais para curar vários males. Esses remédios naturais são feitos com ervas frescas e secas, além de outros ingredientes.

Soweto
Soweto é um grande museu a céu aberto. Foi nesse bairro popular, próximo de Joanesburgo, que aconteceram os maiores levantes contra o regime de segregação racial e onde morou Nelson Mandela. É onde fica o importante Museu do Apartheid.
Pratos típicos de Gauteng
Boerewors: lingüiça temperada, tradicional entre os africânderes (descendentes dos holandeses). É feita nas churrasqueiras braai.
Chakalaka: prato de origem indiana, um tipo de cozido feito com cebola, alho, gengibre, cenoura, tomate, temperado com pimentas e curry. É geralmente servido com mingau de milho.
Mala Mogodu: tripa consumida com mingau quente e espinafre.
Oxtail: suculento rabo de boi ou rabada, cozido lentamente.

KwaZulu-Natal
A pátria dos zulus também abriga a maior comunidade indiana fora da Índia Banhada pelo Oceano Índico, a província de KwaZulu-Natal é limitada por savanas a leste e a magnífica cordilheira de Drakensberg a oeste. O povo da região se orgulha de conviver com dois patrimônios históricos do planeta: o Parque Greater St Lucia Wetland e o Parque Ukhahlamba Drakensberg. KwaZulu-Natal oferece também lindas praias, dias ensolarados praticamente o ano todo, parques temáticos, colinas e plantações de cana-de-açúcar. É a pátria do reino dos zulus, povo guerreiro que possui uma rica cultura de belas cerâmicas, cestarias e artesanatos. Essa etnia também se destaca pela gastronomia e pela produção da utshwala (cerveja, em dialeto zulu), feita com sorgo, um cereal parecido com milho. O Victoria Street Market, de arquitetura indiana, é um barulhento mercado. Tem mais de cem barracas de especiarias do Oriente. O andar superior vende outros produtos indianos. Aliás, em KwaZulu-Natal vive a maior comunidade indiana fora da Índia e que tem franca influência na cozinha local.
  
Produtos e ingredientes de KwaZulu-Natal
Chutney: conserva condimentada de origem indiana, feita com frutas ou legumes, vinagre, açúcar e especiarias que são cozidos levemente até tomar o ponto de geléia mole.
Curry: condimento indiano feito a partir de diversas especiarias como açafrão, cardamomo, coentro, gengibre, cominho, cravinho, pimenta e canela. Cada família prepara seu curry, podendo acrescentar, por exemplo, noz-moscada e pimenta-da-jamaica.
Farinha ata: espécie de farinha integral bem fina, de origem indiana.
Raiz de gengibre (ground ginger): usada na cozinha de inspiração indiana.
Utshwala: cerveja escura, feita com sorgo, fabricada pela comunidade dos Zulus. É preparada em potes de cerâmica, sendo tradição tomá-la em temperatura ambiente, em grupo, passando-se o pote de um para o outro, em que cada um toma um gole.

Pratos típicos de KwaZulu-Natal
Achaar: salada feita de manga, óleo e temperos, de origem indiana.
Amazi: leite fermentado, que os zulus acreditam deixar o homem mais forte, saudável e desejável.
Biryani: prato de arroz de origem indiana feito com temperos, carne, peixe ou legumes.
Black triple: o nome significa “bucho preto”, em português. É um tipo de dobradinha temperada com curry. Dizem que sua textura é melhor do que a da dobradinha branca.
Bunny chow: pão que se tira o miolo e se enche com carne de carneiro ou galinha e feijão, preparada com curry e pimenta. É uma comida rápida da cidade de Durban.
Chapa: pão indiano sem fermento feito com farinha ata, introduzido pelos indianos.
Mageu: bebida levemente fermentada de um mingau de milho.
Samoosas: de origem indiana, é um pastel frito, de massa bem fina, recheado de frango, especiarias, hortelã, gengibre, entre outros temperos.
Sambals: molhos refrescantes preparados com frutas para suavizar os pratos apimentados de origem indiana.
Shebu: receita indiana que leva feijão, batata e mais de trinta especiarias.
Umngqusho: prato feito com milho branco e feijão-de-lima. Pode ser preparado também com ervilhas no lugar do milho. Seria um dos preferidos de Nelson Mandela.

Limpopo
Terra do licor Amarula, feito da frutinha da maruleira. Os elefantes adoram. A província de Limpopo é banhada por um extenso rio de mesmo nome. A província faz fronteira com Moçambique, Botsuana e Zimbábue, tendo em comum com os países vizinhos a cultura dos povos bantos e sua gastronomia. No Brasil, há muitos afro-descendentes de origem banto. O Kruger Park, o maior parque nacional da África do Sul, estende-se por mais de 350 quilômetros, desde o Limpopo até a província de Mpumalanga. É repleto de animais selvagens, oferecendo safáris e trilhas no meio da natureza. É nesta região que se encontra a baobá, árvore retorcida e muito simbólica da cultura sul-africana. Os elefantes da savana do Limpopo gostam tanto de comer a frutinha da árvore maruleira, que esta ficou conhecida por lá como Elephant Tree. O leitor talvez esteja familiarizado com o nome Amarula, emprestado a uma das bebidas mais conhecidas do mundo, o famoso licor sul-africano fabricado nesta região. É isso: a paixão dos elefantes é a razão pela qual essa bebida tem no rótulo o desenho justamente de um elefante.
Licor Amarula: o fruto consumido por elefantes é transformado em um dos licores mais famosos do mundo
Produtos e ingredientes de Limpopo
Feijão-de-lima: é um tipo de fava, da espécie Phaseolus lunatus L.,
Licor Amarula: o saboroso Amarula é feito a partir da fermentação da frutinha marula. Em seguida, a bebida é destilada em alambiques de cobre e envelhece por dois anos em barris de carvalho. Só então se mistura ao creme de leite. Pode ser consumido puro, com gelo, café, sorvetes ou como ingrediente de coquetéis. Para quem quiser conhecer, a produção fica a dez quilômetros da cidade de Phalaborwa.
O feijão-de-lima é uma fava ótima para preparar cozidos e ensopados que levam carnes e legumes

Pratos de Limpopo
Mashonzha: considerada uma iguaria pelos povos nativos, é uma receita preparada com a lagarta da árvore mopane. Pode ser frita, cozida ou grelhada e temperada com pimenta ou ainda misturada com amendoim.
Umngqusho: prato de origem bantu feito com feijão-de-lima e milho branco ou ervilhas no lugar de milho.

Mpumalanga
Uma das comidas típicas é a mashonzha, feita à base de lagartas temperadas com pimenta e acompanhadas de amendoim
O nome Mpumalanga significa “lugar onde nasce o sol” no dialeto Siswati. É um dos principais pólos de atração turística da África do Sul, sobretudo por causa da diversidade e da beleza natural. Nesta província, se encontra uma parte do célebre Kruger National Park. Ao todo, são 352 quilômetros que ocupam boa parte das províncias de Limpopo e Mpumalanga. Vivem no parque muitos leões, leopardos, elefantes, búfalos e rinocerontes. Todos cercados de belas paisagens, com montanhas, rios, cavernas e muitos pássaros. A localidade de Dullstroom, por sua vez, é uma importante região de pesca, onde se encontra muita truta. O peixe costuma ser servido à moda internacional: grelhado com amêndoas ou assado ao forno, embrulhado em papel alumínio. A região oferece também pratos com carne de crocodilo, como o carpaccio. A capital da província é Nelspruit, conhecida como “terra das frutas”, pois abriga grandes pomares com peras, muitas frutas cítricas, além de manga, abacate e melão.

Mpumalanga: a região abriga parte do Kruger National Park, além de animais como leões e leopardos
Ingredientes, produtos e pratos típicos
Amafekuku: variação, com feijão, do vetkoek frito (pão redondo, recheado com picadinho de carne, regado com xarope e mel, frito).
Cerveja de marula: fermentado de marula (o mesmo fruto do licor de Amarula, a árvore maruleira). Tem sabor forte.
Mashonzha: é uma receita feita com as lagartas ricas em proteína da árvore mopane. As lagartas são fritas, cozidas ou grelhadas e temperadas com pimenta e freqüentemente comidas com amendoim.
Porridge: prato típico feito de papa de flocos de aveia cozidos em água, servido com leite.
Truta: A truta é servida assada no forno, em papel alumínio. Também pode ser grelhada com amêndoas
Northern Cape, cabo setentrional
Os africânderes comem o mingau de milho acompanhado com leite e açúcar e também com carne, tomate e cebola. A província de Northern Cape sempre foi muito cobiçada por sua riqueza mineral, principalmente por causa dos diamantes. Na capital, Kimberley, encontram-se uma das maiores jazidas desse mineral no mundo. O parque nacional kgalagadi é famoso pela transformação de sua paisagem e pela exposição anual de flores regionais, em Namaqualand. Além disso, oferece safáris fotográficos. A região acomoda ainda o deserto de Kalahari, que significa “terra da sede” e, em contraponto, apresenta os oásis do rio Orange e as videiras cultivadas nos arredores. Nas vinícolas do vale, com 350 quilômetros de vinhedos, os vinhos de sobremesa (doces) são os mais destacáveis e aparecem nas cartas de restaurantes locais de influência francesa, holandesa e britânica e de cozinha internacional. O White Jerepigo, por exemplo, é feito da uva muscat. É rico em aromas de frutas maduras. Também se produz vinhos fortificados no estilo do vinho do Porto, como o Red Port. Além disso tudo, tintos das uvas pinotage, shiraz e touriga nacional são produzidos no vale. Os africânderes, descendentes dos holandeses, comem o tradicional pap, uma espécie de mingau de milho de origem nativa, de uma forma diferente: acompanhado com leite e açúcar e também com carne, tomate e cebola. Já o povo Tswana, que possui uma gastronomia bastante difundida em Northern Cape, é de origem Banto – nativos da África que se instalaram onde hoje fica o país Botsuana e no Norte da África do Sul. Sua cozinha é baseada em receitas de carne, peixe e vegetais. Destaca-se ainda uma espécie de mingau feito de milho e sorgo (cereal parecido com o milho).
Northern Cape: além de sua beleza floral, a região tem como atrativo suas riquezas minerais

Ingredientes e produtos de Northern Cape
Bokkems (wind-dried fish): é um peixe salgado e seco ao vento, importante na dieta diária das províncias do Cabo. Depois de um dia, é retirado do sal, enxaguado, amarrado com barbante pela cabeça e pendurado para secar.
Sorgo: cereal de origem africana domesticado há mais de 3 000 anos e muito parecido com o milho.
Pratos típicos de Northern Cape
Chotlo: receita de origem Tswana. É um prato tradicional de carne cortada em pedacinhos bem pequenos sem osso. É preparado geralmente pelos homens, numa panela de ferro de três pernas. A carne é cozida lentamente com água e sal até amolecer.
Serobe: receita de origem Tswana. É feita do intestino e de outras partes internas da cabra, da ovelha ou da vaca, cozidas até ficarem bem macias. Algumas vezes até as patas dos animais são incluídas no guizado.
Ting: mingau de sorgo (cereal parecido com o milho) fermentado. Um dos pratos favoritos do povo Tswana.

North West
Quem faz safári na África do Sul costuma ser recepcionado com jantares em cabanas onde são servidas carnes de caça. Na província North-West encontra-se a imensa e bela reserva de Pilanesberg National Park, onde são feitos passeios a bordo de balões de ar quente para ver leões, leopardos, elefantes, rinocerontes e búfalos. Um dos lugares mais turísticos da África do Sul é o complexo Sun City, também em North-West, com opções de cassino, esportes, campos de golfe, praias artificiais etc. Há vários restaurantes com comidas internacionais que servem iguarias da alta cozinha como trufas e cogumelos porcini e também as exóticas carnes de crocodilo. Num dos restaurantes do luxuoso hotel The Palace, o Villa del Palazzo, serve-se cozinha italiana com vista para a piscina. O café-da-manhã tem vários pratos da cozinha sul-africana e lembra quase uma refeição, com vários tipos de carne e feijões.

Refeição na savana
É um costume muito comum para as pessoas que fazem safári na África do Sul ser recepcionadas com jantares em bomas. Estas são cabanas-chiques, onde são servidas carnes selvagens - como as de antílopes, crocodilos e zebras de criação. Tudo preparado na típica churrasqueira sul-africana (braai). É uma forma de o visitante apreciar a bela paisagem em volta de uma aconchegante fogueira.
Produtos, ingredientes e pratos
Bratwurst: salsicha de origem alemã, composta por carnes de porco, vaca e, às vezes, vitela.
Mampoer: na cidade de Groot Marico, é famoso o Mampoer, um apreciado licor caseiro de pêssego, com alto teor alcoólico, que hoje é feito também de outras frutas.
Potjiekos: ensopado tradicional da cultura nativa, feito em caldeirão de ferro, o potjie, sobre carvão. Nesta região, é preparado com carnes de caça e vegetais.
Roosterkoek: pão de trigo grelhado na churrasqueira (braai).

Eastern Cape, o cabo oriental
Típicos da cozinha nativa são os grilos fritos e o mealie pap, um tipo de purê de milho, servido como acompanhamento
Se por um lado Eastern Cape oferece safáris para ver leopardos, elefantes, leões e rinocerontes, de outro estão lugares como Port Elizabeth, na Costa do Sol, onde há quilômetros de praias no Oceano Índico, ótimas para a prática de vela e surf. Mais: o clima das montanhas propicia esqui na neve. Do imenso litoral salta uma poderosa oferta de peixes. O vale fértil de Langkloof é famoso pela colheita de maçãs. Também se destacam frutas como marmelo, pêssego, melão, cereja e figo, em compotas ou frescas. Na gastronomia, são encontradas influências dos povos nativos e dos que chegaram a partir do século 16, como os africânderes, descendentes principalmente dos holandeses, e os britânicos. Verdadeiras especialidades da cozinha nativa são os grilos fritos (por toda a África do Sul, são servidos bem crocantes, temperados com sal, alho e limão) e o pap, um tipo de purê de milho, acompanhamento de muitas preparações. Já o churrasco, conhecido como braai (carne grelhada), é uma unanimidade nacional, muito apreciada nesta província. Nelson Mandela nasceu aqui. É de Eastern Cape o grande líder sul-africano Nelson Mandela, Prêmio Nobel da Paz conhecido mundialmente por sua luta contra o apartheid (a segregação racial). Natural da cidade de Qunu, Mandela pertence ao povo Xhosa, um dos maiores grupos étnicos do país. Um de seus pratos prediletos é o bobotie, uma espécie de bolo de carne, feito com uvas passas e ovos.
Ingredientes e produtos de Eastern Cape
Beldroega: planta de folhas ovaladas e carnudas, levemente ácida. Com ela, as comunidades rurais preparam cozidos.
Bokkems (Wind-dried fish): peixe salgado e seco ao vento, importante na dieta diária da população das províncias do Cabo.
Milho: chamado de mealie, o milho é a base do regime alimentar. Com ele se faz o mealie pap, um tipo de purê que acompanha carnes e legumes. Do milho são feitos, também, bolos e pães.
Snoek: tradicional peixe de caça, de carne oleosa, consumido enlatado, defumado, seco, grelhado, assado ou frito.

Pratos típicos de Eastern Cape
Boerewors: lingüiça feita de pedaços de carne de vaca, algumas vezes combinando com carne de porco e/ou de cordeiro. Entram em sua composição especiarias – coentro, pimenta, noz-moscada, cravo e pimenta da Jamaica. É preparada na churrasqueira (braai). Comum em toda a África do Sul.
Bolinhos de snoek: bolinho do peixe snoek servido com limão, alho, pimentas secas e manteiga derretida. Consumido as províncias do Cabo.
Braai: é o churrasco típico sul-africano, que inclui costela, sosaties (espetinho) e boerewors (lingüiça). Braai também é o nome que se dá à churrasqueira. Em Eastern Cape, especialmente, o churrasco pode incluir espetinhos de antílopes (impala, órix, gnu e cudu).
Frikadelle: almôndegas achatadas, feitas assadas ou fritas. Costumam ser preparadas com cebola, pão, ovos, vinagre e tempero.
Glacé fruit: tipo de compota de frutas como cerejas, figo e melão, feitas em calda de açúcar.
Hoenderpastei: torta recheada de frango, vegetais e molho cremoso de carne, bacon e presunto.
Mealie pap: tipo de purê de milho (meali) feito de fubá branco, que acompanha carnes como peixe ou cordeiro.
Phutu: mingau de farelo de milho, acompanhado de vegetais, pimenta e, às vezes, amendoim.
Rusks: biscoito retangular e seco, geralmente consumido mergulhado em chá ou café. Historicamente, os rusks se referem aos primórdios do país, como uma forma de preservar o pão.
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