Com a mistura de seus hábitos e gostos alimentares, índios, negros e portugueses são os responsáveis pelos fundamentos de uma culinária típica brasileira. Mas as levas de imigrantes que continuaram a chegar ao país, principalmente em fins do século 19 e início do século 20, também deixaram marcas na gastronomia nacional, só que com menor peso.
Em geral, os ingredientes e pratos dos estrangeiros foram incluídos e/ou adaptados ao cardápio do brasileiro, sem que as novidades pudessem ser consideradas comidas genuinamente nacionais. Um exemplo é a pizza, bastante difundida no Sudeste, região que recebeu expressivo número de imigrantes italianos, mas que não encontra em outros Estados a mesma devoção dedicada pelos paulistas. Pratos árabes e japoneses encontram-se em situação semelhante.
Os italianos, aliás, são os que mais contribuíram com a culinária local, principalmente por serem mais numerosos e terem se espalhado por diversas regiões do país. Além da já citada pizza, têm destaque as massas de farinha de trigo, secas e industrializadas atualmente; mas, ao contrário do que acontece na Itália, onde são protagonistas às mesas, as massas no Brasil funcionam como acompanhamentos, sendo consumidas com freqüência ao lado de carnes e até mesmo com arroz e feijão.
Limitados ao Sul e Sudeste do país, os imigrantes alemães tiveram uma participação menor. Esses estrangeiros reforçaram o consumo de produtos que já faziam parte dos cardápios, como os embutidos (salsicha, toucinho, mortadela) e a cerveja. As saladas de batatas e outros pratos típicos alemães não se espalham para muito além das regiões onde esses imigrantes se fixaram.
0 comentários:
Postar um comentário