Parintins, fundada em 1793 tem em seu povo uma expressão artística reconhecida mundialmente através da realização do Festival Folclórico. Com mais de 100 mil habitantes, numa área de 7.069 km², está localizada à margem direita do Rio Amazonas. A Ilha Tupinambarana, como é conhecida, foi primitivamente habitada pelos índios Tupinambás, Maués e Sapupés.
Tem um relevo formado por florestas de várzea e terra firme, por lagos, ilhas e uma pequena serra que faz a divisa dos Estados do Amazonas e Pará.
Distante de Manaus 420 km por via fluvial, a viagem é feita em barcos regionais em redes ou camarotes, são 15 h descendo e 27 h subindo o Rio Amazonas (Parintins-Manaus), por via aérea em torno de 1 hora de voo. A Serra de Parintins é uma formação de 152 m de altitude, circundada por uma espessa vegetação rica em flora e fauna. Na sua lateral estende-se o belíssimo lago da Valéria que é a porta de entrada do Estado para o turismo de natureza.
No rio Uaicurapá, em sua época de vazante (agosto a fevereiro), surgem as belas praias fluviais com areias brancas e águas escuras, não muito longe o visitante pode curtir as ilhas do Pacoval, das Onças e das Guaribas.
O Folclore é considerado a maior manifestação cultural do Brasil. A partir de 12 de junho os folguedos juninos começam a se apresentar nas quadras das escolas e no Bumbódromo (arena com formato estilizado de cabeça de um boi e uma capacidade para 35 mil espectadores).
São Quadrilhas, Cordões de Pássaros, Xaxados e Bois-Bumbás trazidos pela migração nordestina no início deste século. O concurso se estende até o final junho, dando lugar à disputa do Caprichoso e Garantido que aqui tomaram características próprias com a miscigenação indígena.
Festival Folclórico de P a r i n t i n s
Dias 28, 29 e 30 de junho eram dedicados exclusivamente aos espetáculos proporcionados pelos dois bumbás rivais, CAPRICHOSO e GARANTIDO, que durante horas em cada noite encenam um verdadeiro ritual amazônico com Pai Francisco, Mãe Catirina, Tuxauas, Cunhã Poranga, Pajé e suas inúmeras tribos, lendas e rituais indígenas. Dançam em círculo ao som das toadas e o toque das palminhas ao ritmo cateretê (indígena), carimbó e marcha. Em uma decisão que contraria a tradição do Festival desde 2005 o festival é realizado no último final de semana do mês de junho, sexta/sábado/domingo, é a tradição se rendendo ao lado comercial, que no entendimento de alguns tal mudança pode atrair mais público e renda.
As torcidas ornamentam seus redutos com muita criatividade para completarem o show inesquecível. Ao entrar na arena o boi bumbá é recebido com uma salva de fogos de artifícios e o grito de guerra da plateia ecoa diante do silêncio da galera contrária.
Linguagem do Festival
Arraial- Comércio de comidas típicas e atividades socioculturais.
Contrário- Denominação dada ao torcedor do outro boi, em época de festival a rivalidade é tão grande que se recusam a pronunciar o nome do boi "contrário".
Figura- Personagem do boi, exemplo: Bicho folharal, Dona Aurora, Neguinho do Campo Grande etc...
Galera- Torcida.
Cunhã Poranga - Moça Bonita.
Marujada de Guerra - Nome dado a batucada do Caprichoso.
Palminha- Dois pedaços de madeira retangular (itaúba ou sucupira) usado para marcar o ritmo das toadas.
QG - Local onde são confeccionadas as fantasias.
Toada- Música.
Tripa- Pessoa que brinca embaixo do boi.
Mais descritivos da cidade e do Festival
Parintins fica distante de Manaus 420km (leste) por via fluvial, por via aérea são 350km e a viagem leva em torno de 1 hora. Com mais de 90 mil habitantes a cidade é localizada na margem direita do rio Amazonas, a Ilha Tupinambarana. A vegetação, típica da região amazônica, é formada por floresta de várzea e terra firme, tendo ao seu redor um relevo composto por lagos, ilhotas e uma pequena serra. No rio Uaiacurapá, na época da vazante, surgem as belas praias fluviais. Também procuradas pelos banhistas, as ilhas do Pacoval, das Onças do largo Mar e das Guaribas têm ainda a vantagem de serem ricas em flora e fauna. Para os apreciadores da pesca esportiva, as opções também são variadas. Macurany, Parananema, Aninga, Zé Açu, Valéria e Uaiacurapá são alguns dos muitos lagos piscosos da região. A serra de Parintins é outro atrativo natural que merece ser visitado. É uma pequena formação de 152 metros de altitude circundada por espessa vegetação, no seu pé, estende-se o Lago da Valéria, velho conhecido dos pescadores. Cidade limpa e aconchegante, Parintins tem tudo para agradar o visitante. Para os adeptos do "turismo cultural", a dica é incluir na programação uma visita à igreja do Sagrado Coração de Jesus, construída em 1883; às casas situadas na Rua Benjamin da Silva e Praça Eduardo Ribeiro; e às ruínas da Vila Amazônica, resultado da migração japonesa para a região, estimulada pelo cultivo da juta na década de 30.
Parintins se transforma com a chegada do mês de junho. Dividida nas cores vermelho e azul dos bumbás, Caprichoso e Garantido, é palco da maior manifestação cultural da região norte do Brasil, o Festival Folclórico de Parintins. No final do mês de junho as atenções se voltam para as apresentações dos bois Caprichoso e Garantido, que há quase 80 anos brincam nas ruas da cidade e dividem "o coração" do povo da ilha. O espetáculo proporcionado pelos bumbás durante os três dias vale o esforço dos 10 mil brincantes que, durante três horas por noite dançam ao som das "toadas" e dos repiques das batucadas. Diante de uma plateia de mais de 35 mil espectadores, a criatividade do Parintinense parece inesgotável. Lendas como a da "Cobra Grande" ganham vida na mão dos artistas do festival e enriquecem as apresentações dos Bumbás. Nas arquibancadas, o espetáculo não é menor.
As "galeras", como são conhecidas as torcidas organizadas dos dois bois, ornamentam seus territórios da melhor forma possível, com bandeirinhas, balões, fitas, painéis luminosos e tudo o que a imaginação mandar. Se o boi que está na arena é aquele do seu coração, deliram entoando as canções e batendo vigorosamente as "palminhas" de madeira em ritmo cadenciado. Mas se o bumbá na arena é seu "contrário", o silêncio é total. A entrada de cada bumbá no Centro Cultural de Parintins, batizado carinhosamente de Bumbódromo, é antecipada por uma salva de fogos de artifício e pelo grito de guerra dos "brincantes", que ecoa diante da multidão ansiosa. Na arena, desfilam figuras, como rainhas, princesas, animais estilizados e personagens do folclore brasileiro como o Curupira, a Iara, o Boto Tucuxi e muitos outros. Mas o ponto alto é a encenação da "morte do boi". Resumindo, a história é simples. Mãe Catirina está grávida e deseja comer língua de boi. Pai Francisco, com medo do filho não nascer com saúde, satisfaz o desejo da esposa e mata o boi de seu amo. O amo descobre e resolve prender Pai Francisco com a ajuda dos índios. Depois de muito sofrer, ele é salvo pelo padre e pelo pajé. Esse consegue a façanha de ressuscitar o boi. Com o boi vivo novamente, a festa reinicia-se e segue intensa, num ritmo frenético que contagia a todos e não deixa ninguém imune.
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