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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Brasil I - Brasília (Distrito Federal) - Brasil

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Brasília é a capital federal do Brasil e a sede do governo do Distrito Federal. A cidade está localizada na região Centro-Oeste do país, ao longo da região geográfica conhecida como Planalto Central. No censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2010, sua população era de 2 562 963 habitantes, sendo, então, a quarta cidade brasileira mais populosa. Brasília também possui o segundo maior produto interno bruto per capita do Brasil (45 977,59 reais), o quinto maior entre as principais cidades da América Latina e cerca de três vezes maior que a renda média brasileira.
Como capital nacional, Brasília é a sede dos três principais ramos do governo brasileiro e hospeda 124 embaixadas estrangeiras. A cidade também abriga a sede de muitas das principais empresas brasileiras. A política de planejamento da cidade, como a localização de prédios residenciais em grandes áreas urbanas, a construção da cidade através de enormes avenidas e a sua divisão em setores, tem provocado debates sobre o estilo de vida nas grandes cidades no século XX. O projeto da cidade a divide em blocos numerados, além de setores para atividades pré-determinadas, como o Setor Hoteleiro, Bancário ou de Embaixadas.
O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, adequou-o ao projeto do lago Paranoá, concebido em 1893 pela Missão Cruls. A cidade começou a ser planejada e desenvolvida em 1956 por Lúcio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek, Brasília tornou-se formalmente a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. Vista de cima, a principal área da cidade se assemelha ao formato de um avião ou de uma borboleta. A cidade é comumente referida como "Capital Federal" ou "BSB".
A rigor, a palavra "Brasília" se refere apenas à Primeira Região Administrativa do Distrito Federal, que é formada pelo Plano Piloto e pelo Parque Nacional de Brasília. Muitas vezes, no entanto, o termo "Brasília" é aplicado a todo o Distrito Federal, como quando se considera, como gentílico do Distrito Federal, o termo "brasiliense".

Gentílico
"Brasiliense" é o nome que se dá a quem nasceu em Brasília. "Candango", que é, às vezes, utilizado para designar os brasilienses, foi originalmente usada para se referir aos trabalhadores que, em sua maioria provenientes da Região Nordeste do Brasil, migravam à futura capital para trabalhar em sua construção. Uma das vertentes etimológicas diz que o termo "candango" era usado pelos africanos para designar os portugueses.

História
Período pré-ocupação
Antes da chegada dos europeus ao continente americano, a porção central do Brasil era ocupada por indígenas do tronco linguístico macro-jê, como os acroás, os xacriabás, os xavantes, os caiapós, os javaés etc.
No século XVIII, a atual região ocupada pelo Distrito Federal brasileiro, que era cortada pela linha do Tratado de Tordesilhas que dividia os domínios portugueses dos espanhóis, tornou-se rota de passagem para os garimpeiros de origem portuguesa em direção às minas de Mato Grosso e Goiás. Data dessa época a fundação do povoado de São Sebastião de Mestre d'Armas (atual região administrativa de Planaltina, no Distrito Federal).
Em 1761, o Marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal, propôs mudar a capital do império português para o interior do Brasil Colônia. O jornalista Hipólito José da Costa, fundador do Correio Braziliense, primeiro jornal brasileiro, editado em Londres, redigiu, em 1813, artigos em defesa da interiorização da capital do país para uma área "próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste". José Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi a primeira pessoa a se referir à futura capital do Brasil, em 1823, como "Brasília".

Idealização
Desde a primeira constituição republicana, de 1891, havia um dispositivo que previa a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro para o interior do país, determinando como "pertencente à União, no Planalto Central da República, uma zona de 14 400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura Capital Federal". Fato interessante dessa época foi o sonho premonitório do padre italiano São João Bosco, no qual disse ter visto uma terra de riquezas e prosperidade situada próxima a um lago e entre os paralelos 15 e 20 do Hemisfério Sul. Acredita-se que o sonho do padre tenha sido uma profecia sobre a futura capital brasileira, pelo qual o padre, posteriormente canonizado, se tornou o padroeiro de Brasília.
No ano de 1891, foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luís Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e foi apresentada em 1894 ao governo republicano. A comissão designava Brasília com o nome de "Vera Cruz".
Em 1922, no ano do Centenário da Independência do Brasil, o deputado Americano do Brasil apresentou um projeto à Câmara incluindo entre as comemorações a serem celebradas o lançamento da Pedra Fundamental da futura Capital, no Planalto Central. O então presidente da república, Epitácio Pessoa, baixou o Decreto 4 494, de 18 de janeiro de 1922, determinando o assentamento da pedra fundamental e designou, para a realização desta missão, o engenheiro Balduíno Ernesto de Almeida, diretor da estrada de ferro de Goiás, com sede em Araguari, em Minas Gerais. No dia 7 de setembro de 1922, com uma caravana composta de 40 pessoas, foi assentada a pedra fundamental no Morro do Centenário, na Serra da Independência, situada a nove quilômetros da cidade de Planaltina.
Em 1954, o marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque foi convidado pelo presidente Café Filho para ocupar a presidência da Comissão de Localização da Nova Capital Federal, encarregada de examinar as condições gerais de instalação da cidade a ser construída. Em seguida, Café Filho homologou a escolha do sítio da nova capital e delimitou a área do futuro Distrito Federal, determinando que a comissão encaminhasse o estudo de todos. A Comissão de Planejamento e Localização da nova Capital, sob a Presidência de José Pessoa, foi a responsável pela exata escolha do local onde hoje se ergue Brasília.
A idealização do plano-piloto também foi obra da mesma comissão que, em robusto relatório, redigido pelo Marechal José Pessôa, de título "Nova Metrópole do Brasil" e entregue ao Presidente Café Filho, detalhou os pormenores do arrojado planejamento que se realizou.
O marechal José Pessoa não imaginou o nome da capital como Brasília, mas sim Vera Cruz, de modo a caracterizar o sentimento de um povo que nasceu sob o signo da Cruz de Cristo e estabelecendo ligação com o primeiro nome dado pelos descobridores portugueses. O plano elaborado respeitava uma determinada interpretação da história e não descaracterizava as tradições brasileiras. Grandes avenidas chamar-se-iam "Independência", "Bandeirantes" etc., diferentes, portanto, das atuais siglas alfa-numéricas de Brasília, como W3, SQS, SCS, SMU e outras.
Por discordâncias com o presidente Juscelino Kubitschek, o marechal José Pessoa abandonou a presidência da comissão, tendo sido sucedido pelo coronel do exército Ernesto Silva, que era o secretário da comissão. Ernesto Silva, que também era médico, foi nomeado na sequência presidente da Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital Federal (1956) e Diretor da Companhia Urbanizadora da Nova Capital – Novacap (1956/61), tendo assinado o Edital do Concurso do Plano Piloto, em 1956, publicado no Diário Oficial da União no dia 30 de setembro de 1956.

Planejamento e construção
Apenas no ano de 1955, durante um comício na cidade goiana de Jataí, o então candidato à presidência, Juscelino Kubitschek, foi questionado por um eleitor se respeitaria a constituição, interiorizando a capital federal, ao que Juscelino afirmou que transferiria a capital. Eleito, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como "meta-síntese" de seu "Plano de Metas".
O traçado de ruas de Brasília obedece ao plano piloto implantado pela empresa Novacap a partir de um anteprojeto do arquiteto Lucio Costa, escolhido através de concurso público nacional. O arquiteto Oscar Niemeyer projetou os principais prédios públicos da cidade. Para fazer a transferência simbólica da capital do Rio para Brasília, Juscelino fechou solenemente os portões do Palácio do Catete, então transformado em Museu da República, às 9 da manhã do dia 21 de abril de 1960, ao que a multidão reagiu com aplausos. A cidade de Brasília foi fundada no mesmo dia e mês em que se lembra a execução de Joaquim José da Silva Xavier, líder da Inconfidência Mineira, e a fundação de Roma.

Construção da Esplanada dos Ministérios em 1959.
O princípio básico das estratégias políticas de Juscelino Kubitschek, segundo o próprio, era apropriado do moralista francês Joubert, para quem "não devemos cortar o nó que podemos desatar". Com base nessa máxima, Kubitschek viabilizou a construção de Brasília, oferecendo várias benesses à oposição, criando fatos consumados e queimando etapas. Apesar de a cidade ter sido construída em tempo recorde, a transferência efetiva da infraestrutura governamental só ocorreu durante os governos militares, já na década de 1970. Todavia, ainda no início do Século XXI, muitos órgãos do governo federal brasileiro continuam sediados na cidade do Rio de Janeiro.
Mostra o efeito provocado pelo modernismo da cidade recém-construída a declaração do cosmonauta Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar para o espaço, ao visitá‐la em 1961: "Tenho a impressão de que estou desembarcando num planeta diferente, não na Terra".
Alguns dos fatores que mais influenciaram a transferência da capital foram a segurança nacional, pois acreditava-se que, com a capital no litoral, ela estava vulnerável a ataques estrangeiros (argumento militar-estratégico que teve como precursor Hipólito José da Costa) e uma interiorização do povoamento e do desenvolvimento e integração nacional, já que, devido a fatores econômicos e históricos, a população brasileira concentrou-se na faixa litorânea, ficando o interior do país pouco povoado. Assim, a transferência da capital para o interior forçaria o deslocamento de um contingente populacional e a abertura de rodovias, ligando a capital às diversas regiões do país, o que levaria a uma maior integração econômica.
Planejada para ter uma população de 600 mil habitantes no ano 2000, a população do Distrito Federal já atingia os 2,5 milhões de habitantes em 2010. Brasília, considerando-se todo o Distrito Federal, atualmente é a quarta capital mais populosa do Brasil.
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