AD (728x60)

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Abecasia Abkhazia

Share & Comment


A Abecásia ou Abecázia1 (também chamada de Abcásia ou Abkházia; em abecásio: Аҧсны, transl. Aphsny; em georgiano: აფხაზეთი, transl. Apkhazeti; em russo: Абхазия, transl. Abkhaziya) é uma região no Cáucaso, uma república autônoma de jure no norte da Geórgia que pleiteia independência, tendo-a declarado após a guerra civil em 1992-1993 que arruinou a economia local e matou milhares de civis. Permanece em grande medida de fato independente da Geórgia e mantém controle sobre grande parte do seu território, embora não seja reconhecida internacionalmente. Sua capital é Sukhumi.

O status da Abecásia é uma questão central do conflito entre a Geórgia e a Abecásia. Toda a região fazia parte da União Soviética até 1991.Como a União Soviética começou a desintegrar-se no final da década de 1980, cresceram as tensões étnicas entre abecásios e georgianos com os movimentos para a independência da Geórgia. Isto levou à guerra de 1992-1993 na Abecásia, que resultou em uma derrota militar georgiana, a independência de facto da Abecásia, da fuga em massa e limpeza étnica da população georgiana na Abecásia. Apesar do acordo de cessar-fogo de 1994, e anos de negociações, a disputa de status não foi resolvida, e apesar da presença a longo prazo de uma força de acompanhamento das Nações Unidas e uma operação de paz da CEI coordenada pela Rússia, o conflito voltou a deflagrar em vários ocasiões. Em agosto de 2008, os dois lados novamente se enfrentaram durante a guerra na Ossétia do Sul, que foi seguido pelo reconhecimento formal da Abecásia pela Rússia, a anulação do acordo de cessar-fogo de 1994 e o término das missões da ONU e da CEI.

História
Ver artigo principal: História da Abecásia
Se estima que as primeiras povoações da Abecásia remontem ao quarto milênio a.C.. Estas primeiras tribos, de origem ariana (conhecidas pelos arqueólogos como "proto-kartvelianos"), teriam chegado à região durante o período Neolítico da Pré-História, assentando-se nas costas do mar Negro. Estabeleceram-se junto a outras linhagens, que posteriormente evoluiriam até convertir-se nos apsuas, chechenos, daguestanis, armênios e arameus.
Desde o segundo milênio a.C. a região foi assolada por invasões de povos provenientes das estepes da Ásia Central, como os hititas, celtas, medos e persas. Durante estes anos, os proto-kartvelianos se dividiram três grupos étnicos bem diferenciados: os svans, os zans e os kartvelianos orientais. Enquanto os svans permaneceram na Abecásia, os kartvelianos se assentaram no centro da atual Geórgia, enquanto os zans se distribuíram na província de Samegrelo e ao longo das costas do mar Negro, até às imediações da Turquia.

Reino da Cólquida
Entre os séculos IX e VI a.C., foi instaurado na região o reino da Cólquida, que anexou grande parte das zonas que eram habitadas pelos svans e zans. Sob a dominação cólquida, a Abecásia recebeu um grande número de imigrantes gregos, que se estabeleceram em colônias na zona costeira. Algumas das cidades fundadas foram Pitiys, Dioscurias e Phasis, correspondentes às atuais Pitsunda, Sujumi e Poti.
Desde o ano 653 a.C. os reinos caucásicos da Cólquida e da Ibéria tiveram de enfrentar diversas tentativas de invasão por parte do Império Aquemênida. O Império Macedónio de Alexandre, o Grande exerceu uma importante influência na zona do Cáucaso, embora ela nunca tenha sido incorporada a ele. Rapidamente produziu-se um surgimento da cultura helenística em território abecásio, e o grego passou a ser considerado o idioma oficial.

Com o fim do império de Alexandre, a região viveu um período de caos e distúrbios. Um exemplo foi a fundação, no ano de 302 a.C., por parte de Mitrídates I, do reino do Ponto, nas costas turcas do mar Negro. No início do ano 120 a.C. o rei Mitrídates IV Eupator iniciou a conquista da Cólquida, aliando-se com o reino da Grande Armênia para lutar contra o invasor romano, liderado por Pompeu, o Grande. As terras da Abecásia seriam cenário de batalhas ferozes até a queda definitiva do Ponto para as conquistadores romanos em 63 a.C..

Lázica
Ruínas de antigo castelo em Anacópia, capital abecásia durante a época bizantina.
O devastado reino da Cólquida caiu então sob a dominação romana, convertendo-se na província de Lázica. O processo de helenização que havia começado desde a chegada de Alexandre, o Grande, foi aprofundado durante estes anos. Apesar da luta ferrenha entre romanos e partos pelo controle da região, a Lázica se manteve florescente e em relativa paz, a despeito de algumas incursões militares dos partos desde o lado oriental.

Já como parte do Império Romano do Oriente, no século III, a Lázica começou a obter certo grau de autonomia, que levou ao estabelecimento dum reino independente, composto pelos principados de Zans, Svans, Apsyls e Sanyghs. A expansão do cristianismo durante estes anos foi importantíssima; a religião havia chegado ao território abcásio com as viagens missionários do apóstolo Simão, o Cananeu, que fora martirizado nas serras próximas à cidade de Suaniri. No ano de 523 o cristianismo ortodoxo foi declarado a religião oficial do país, e São Jorge foi designado seu padroeiro.

Depois de vários anos de auto-governo, a Abecásia foi reincorporada ao Império Bizantino na Guerra Lázica em 562, e viveu um período de relativa paz e prosperidade durante mais de 150 anos.

Foi um reino independente entre 730 e 1578, quando foi incorporada ao Império Otomano. Em 1810 tornou-se um protetorado russo, sendo formalmente anexada em 1864. Proclamou a sua independência em 8 de março de 1918, mas foi anexada à República Socialista Soviética da Geórgia em 19 de abril daquele ano. Em 1921 tornou-se uma república socialista soviética autônoma, como parte da República Socialista Soviética da Geórgia.

Após a dissolução da União Soviética, um movimento separatista na região levou à declaração de independência da Geórgia em 1992, e ao conflito georgiano-abecásio de 1992 a 1993, o qual resultou na derrota militar da Geórgia e ao êxodo em massa, e da limpeza étnica da população georgiana da Abecásia.[carece de fontes] Apesar do acordo de cessar-fogo de 1994 e das operações de manutenção de paz lideradas pela ONU e nomeadamente pela Rússia, a disputa de soberania não foi ainda resolvida e a região permanece dividida entre as duas autoridades rivais. 83% do território abecásio é governado pelo governo separatista, apoiado pela Rússia, e 17% pelo governo da República Autónoma da Abecásia, reconhecido pela Geórgia, sediado no vale de Kodori, parte da Alta Abecásia controlada pela Geórgia. Esta disputa mantém-se como fonte de séria tensão nas relações entre a Geórgia e a Rússia.
Em 26 de agosto de 2008, o presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou que a Rússia reconhecia a independência das regiões separatistas georgianas da Ossétia do Sul e da Abecásia e pediu que outros Estados seguissem seu exemplo e façam o mesmo
Tags:

Written by

We are Creative Blogger Theme Wavers which provides user friendly, effective and easy to use themes. Each support has free and providing HD support screen casting.

0 comentários:

Postar um comentário

 

Agradecimento

Agradecimento
Agradeço eventuais matérias e ou fotos dando assim os também eventuais créditos. Se alguém, por qualquer motivo, achar que estou violando direitos autorais, entre em contato que a publicação será devidamente creditada ou ainda retirada.

Recent Posts

Copyright © Cozinha Internacional da Dona Sinhá | Designed by Templateism.com | Published by GooyaabiTemplates.com